Faça o Bem

O renascimento de um tradicional clube de Porto Alegre

A Sociedade Amigos do Balneário Ipanema (Sabi) completa sete décadas com estrutura aberta à comunidade e foco em programas sociais.


Atividades oferecidas a crianças e adolescentes do programa Sabi+ incluem patinação (Sabi/Divulgação)

Fundada há exatos 70 anos, a Sociedade Amigos do Balneário Ipanema (Sabi) marcou época na zona sul de Porto Alegre, e, como quase todos os clubes sociais do Rio Grande do Sul, passou a enfrentar dificuldades ao longo do tempo - mas, veja bem, este não é um texto sobre decadência: é uma história de renovação.

As mudanças de comportamento e o surgimento de novas formas de lazer acabaram levando muitas agremiações à derrocada nos anos 2000. No Interior e na Capital, associações antes prestigiadas - que tinham até fila de espera de sócios - não resistiram ao baque. Sem o apelo de outrora, com dificuldades de gestão e dívidas, muitas se dissolveram e deram lugar a empreendimentos imobiliários. A Sabi por pouco não seguiu o mesmo caminho.

Atual vice-presidente da entidade, o empresário James Bajczuk lembra que a sociedade nasceu quando a região de Ipanema, à beira do Guaíba, ainda era um local de veraneio, por iniciativa de antigos frequentadores - entre eles, seu avô. Aos poucos, o clube se destacou nos esportes e pelos carnavais memoráveis.

— Depois, veio um período difícil, até que a nova geração se deu conta de que, se nada fosse feito, o clube iria acabar — conta Bajczuk.

A saída, curiosamente, foi voltar às origens, só que de um jeito diferente.

— Lá atrás, tudo começou na base da colaboração e no espírito de retorno social. Então, por que não transformar um clube fechado, para poucos, em um lugar aberto à comunidade? — recorda ele.


Entidade fica na zona sul de Porto Alegre, à beira do Guaíba (Lisa Roos/Divulgação)

Assim foi feito. A direção deu espaço a professores que quisessem alugar quadras esportivas para aulas e foi além: engajou empresários e criou o programa Sabi+, que, com a ajuda dos apoiadores, passou a receber jovens em diferentes atividades, do tênis (foto) à patinação. Desde o fim da pandemia, 230 alunos de escolas públicas foram atendidos, inclusive em cursos voltados para o mercado de trabalho. E a intenção é não parar por aí.

— Nossa missão, hoje, é destravar talentos. Já estamos trazendo novos parceiros à causa e vamos seguir em frente — projeta Bajczuk.


Estudantes participam de aulas gratuitas de tênis no clube (Sabi/Divulgação)


Da esquerda para a direita: os conselheiros Alexandre Krieger e Carlos Alberto da Rosa Abel, o vice-presidente James Bajczuk e o presidente Marco Antônio Pereira da Cunha (Sabi/Divulgação)

Por Juliana Bublitz – GZH
20/07/2023

Mais informações em https://sabi.org.br/

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